terça-feira, 23 de novembro de 2010

Ela vem todo mês: TPM e reflexões.

Sabe como eu sei que a TPM chega? Eu ligo o pc sempre na madrugada pra escrever; eu sinto o cheiro da chuva e ficor com vontade de chorar; fico com vontade de gritar ao ver um romance na televisão; fico com raiva de ter tido um relacionamento mal sucedido, no qual sei do fundo da alma que foi a mnha única experiência de amor verdadeiro e ajudei a estragar e segui em frente; fico escutando as baladas das décadas anteriores; olho pela janela e fico observando cada casa lá em baixo ( pq é um prédio, rs) e imagino o que se passa com a família que já colocou o pisca-pisca do natal na janela; fico querendo saber o que se passa na cabeça do fulano que está assobiando em passando de bicicleta; acho sempre um bom motivo para refletir quando uma mariposa posa do meu lado na janela; quando sorrio sozinha da rotina, depois de ter me debulhado em lágrimas sem um motivo forte; recebo uma mensagem e não faço ideia de quem a mandou e me dá vontade de retornar à 1 da manhã e perguntar se a pessoa não se encherga... Se tem uma coisa que a TPM me traz de bom é a reflexão. Ela me ensino que meus desejos mais profundos venham a tona. Eu lembro que  gostaria de ser homem, e me lembro mais ainda que acabo desistindo no minuto seguinte, afinal gosto mesmo é de ser feminina, delicada, e saber ser bastante convincentequando necessário. Eu gostaria mesmo é de sair correndo pelo calçadão na praia, sem me cansar e sentar 2 minutos depois, gostaria de gostar menos de dormir, de me divertir mais na balada  e acima de tudo de ter coragem de admitir que sinto falta de alguém na minha vida, pra não precisar escrever sempre que me bate a Deprê. Eu gostaria de tanta coisa menos de ser outra pessoa. Talvez não 100% do tempo, mas em uns 99, ainda sim sei que meus conflitos, choros, TPMs, sonecas.. são hiper comuns. Me consola ver o filme DIVÃ e ver que é normal fazer e gostar de análise. Que se tenho problemas não é por falta de felicidade, e sim de administrá-los. Que se choro com o cheiro da chuva e com saudade da vovó, não é um mar com tempestades, e sim apenas um copo d'água. Viver é isso. É chorar, sorrir, correr, andar, suspirar, respirar, ficar com raiva, e ainda sim não deixar que tudo te consuma de uma só vez. É chorar dentro do carro e sair com o rosto maquiado pra não levar preocupação pra mais ninguém. É achar um bom motivo pra não largar o emprego, afinal no fundo não se pode ter o luxo de não gostar do que você escolheu pra fazer (eu gosto até demais), é se convencer que quebrar a rotina ou mudar de cidade não vai mudar o facto de que tudo não é, nem poderia ser perfeito. Afinal acharíamos um defeito no perfeito, e este se tornaria chato e rotineiro. É se convencer que seria egoísmo demais pular da janela ou tomar uma caixa de calmante. Que saudade não é tão boa quanto os poemas a faz parecer. Que o orkut, o twitter e o facebook são mais que sites de relacionamentos, são um canal de desabafo e vinculo emocional. Que ficar um dia sem entrar na internet acarreta um colapso emergencial com direito a Prozac e abstinência. Que todo ser humano sente algo parecido em determinado momento da vida. Que sentir falta do ex é extremamente normal e inaceitável ao mesmo tempo. Que querer ser amado é mais do que um desejo, e passa a ser uma necessidade quando se está ficando mais velho e já sabe o que quer para a vida. Que ter 21 anos e se sentir com 31 não é tão corriqueiro. Que TPM me faz virar uma frouxa, chata e meio frígida, aaa .. isso já tá mais que detalhado. RS **

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Ela

Eu já perdi as contas
De quantas noites ela me viu chorar,
De quantas noites deixou de me abaçar.

Eu já perdi as contas
De tentar entender o por que dela não me amar.
Não sei o que represento em sua vida,
mas papel de filho tenho certeza que já não é.

Pior do que não ter uma mãe por perto,
É tê-la e não tê-la ao mesmo tempo.
E saber do fundo do coração o quanto isto não está certo.

Meu coração sangra sozinho,
Meus olhos jorram sem querer.
Já não sei mais controlar o que sinto
Por que não consigo ela entender.

Já tive vontade de gritar:
Ei! Há um filho aqui!
Mas desisti faz tempo,
Quando aceitei que não habito seu coração.


E assim tento viver,
Desistindo de entender o por que
De nunca ela ter dito: Como eu amo você.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Eu e EU

Ontem eu reclamava o quanto estava sem tempo para vagar pela internet. Hoje aproveitei que está um tédio e li e reli posts de uma série de blogs que adoro e que já fazia algum tempo em que eu não viajava junto a eles. Com o tempo eles foram mudando os profiles, alterando o design e fazendo de um tudo para que seus blogs ficassem mais actrativos. Talvez gostaria que meu blog fosse tão lido, quanto o deles, talvez não. Também, não sou humorista, nem escrevo sobre as bizarrices do mundo a fora. Aqui sou apenas eu: eu e eu. O que eu sinto, o que eu acho, o que faz parte de mim. E não sou tão interessante assim. Sou apenas uma pessoas aprendendo a ser mulher, aprendendo a empurrar o carro enguiçado no meio da hora do rush, aprendendo a não chorar porque o carro enguiçou e a falar firme com o mecânico, aprendendo que as contas estarão lá no final do mês, aprendendo a procurar um ap e a explicar a mamãe o porque está fazendo essa escolha, aprendendo que o óleo quente na pele DÓI, aprendendo que há mais idiotas no mundo do que caras que valham a pena, aprendendo que se você Beber bebida alcóolica você vai Ficar BÊBADO, aprendendo que tudo que a mãe diz acontece, que há mais pedras no sapato do que amigos de verdade, etc.. E isso tudo é muito normal. Normal demais para ser interessante para alguém.. Certo? Não sei responder. Acho que há platéia de todos os gostos. A vida de todo mundo deveria ser interessante, para mim é, mas eu não sou uma dramaturga famosa, sou só a Yasmin. Aquela de 21 anos que a cada dia aprende alguma coisa diferente, mesmo que seja algo que todo mundo já saiba. Mas em fim, como disse antes, esta sou eu. Eu tentando fazer algum sentido. Se não fiz para você, acredite..fiz para mim.

See you later !

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Roteiro?

Ouvi dizer que era difícil ser adulta, masesqueceram de me contar do quanto era insuportável não poder mais ser adolescente! Agora pra ter algum tipo de problema é preciso ter um bom motivo, porque as contas do final do mês estarão lá você querendo ou não. Não posso mais ficar trancada no quarto porque irrita minha mãe eu não saber lavar a louça. Não posso mais chorar na janela por causa do término com o namoradinho, porque parei de me apaixonar o tempo todo. Não posso mais esquecer da chave na porta, porque a minha porta principal agora e de um carro. ALOUU ?? Quero gritar, quero chorar, quero viver intensamente.. ! Desespero? Só me bate quando percebo o quanto o tempo está passando, e as dúvidas aparecem somente na TPM. O pior de tudo? Descobrir que a TPM realmente existe e que você já sabe no dia que ela está reinando. Mãe para de falar que já cresci, eu ainda estou crescendo a cada minutinho. Responsabilidades estão aqui mas ainda sim posso assistir um desenho comendo um balde enorme de sorvete, ou até mesmo molhar o pão no refrigerante. É eu sei que o texto está, meio, sem sentido mas é exatamente isso que quero demonstrar: a vida não tem um sentido. Ontem os motivos que me faziam chorar hoje me fazem rir das atitudes da minha irmã de 17 anos (como se eu fosse muito velha aos 21). O facto do meu carro estar enguiçado e de eu estar desesperadamente procurando um ap, que se enquadre no meu minusculo orçamento, é só mais uma etapa que me fará chorar, de rir daqui a algum tempo. Ai.. ainda bem que esse danado do tempo, resolve tudo. Talvez viver tenha sim um roteiro, mas para os protagonistas cada cena é imprevisivel.. afinal assistir da platéia sempre é mais fácil de opinar. Ou estou errada?



See you later !